quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Contraponto à reportagem da ZH do presidente da AUSM

Prezado Nestor Júnior:
A matéria de maior destaque da ZH de ontem, 14/01/2013, na minha opinião, ficou um tanto parcial ou a Zero Hora está mudando sua linha editorial.
Ocorre que o assunto em referência foi pauta do evento de Lançamento do Plano Estadual de Irrigação, no dia 18/12/2012, quando foram feitos anúncios sobre estas barragens e as outras 4 priorizadas pelo Governo Estadual em Convênio com o Ministério da Integração Nacional, com a presença do Secretário Nacional de Irrigação, Vice Governador do Estado do RS, Secretários de Obras Públicas, da Casa Civil e do Planejamento e não se viu nem perto do destaque desta matéria de ontem, na Zero Hora.
Para que o assunto fosse tratado adequadamente, em minha opinião, repito:
Faltou a posição do Ministério da Integração Nacional, que é o maior aportador dos recursos para estas obras, que são do PAC; 
Os dados de volume de água acumulada e de área beneficiada pelas barragens não são os dos projetos dos quais nos foi dado conhecimento; 
O “Consultor na área de recursos hídricos” ouvido talvez precisasse ter um contraponto pois se trata de proprietário de área alagada pela barragem Jaguari, que há bastante tempo se manifesta como o fez para ZH, podendo-se, então, questionar éticamente as afirmativas feitas sobre as barragens em referência além do desconhecimento da região, quando afirma que aqui não há necessidade destas obras;
Tal discordância e os devidos argumentos e justificativas teriam sentido e seriam considerados e discutidos com o restante das comunidades, nas audiências públicas ocorridas, como determina a lei, muito antes de começarem as obras, quando as comunidades envolvidas manifestaram-se por unanimidade pela necessidade das mesmas, estando o referido Consultor presente sem que uma só palavra tenha dito, então;
O “produtor” que se manifesta na matéria, não representa todos os “agricultores que seriam beneficiados”, que assim como ele próprio são favoráveis às obras, entendem seu benefício e necessidade, estando com expectativa muito positiva em relação às mesmas;
A condição de alagado e beneficiado deste produtor é quase única (há somente mais uma proprietária nesta situação na barragem Jaguari), que para isenção da matéria, esta poderia ser ouvida também, assim como outros dos mais de duzentos produtores, considerando as duas barragens e que não consideram a “solução ao longe” como destaca a matéria em subtítulo à página 4, mas ao contrário, estão acompanhando o estudo de viabilidade dos canais das barragens, em plena execução e que tem por finalidade estender o benefício das obras a uma parte importante da Bacia do rio Santa Maria;
Há uma Associação de Usuários da Água que assim como o Comitê da Bacia do rio Santa Maria participaram da decisão sobre a execução destas barragens e acompanham passo a passo, em representação da comunidade regional, juntamente com os Prefeitos Municipais e entidades representativas da organização social das comunidades, todo o desenrolar dos acontecimentos, deixando as questões judiciais, com toda a confiança, para que o Judiciário as resolva, ao mesmo tempo em que uníssonamente pleiteiam a continuidade das obras, consideradas as mais importantes e impactantes da história da região, para o seu desenvolvimento;
A comunidade regional não aceita que as obras em referência sejam tratadas simplesmente como “buracos sem fundo” sem uma visão mais abrangente sobre todo o processo que se desenvolve em torno delas, um tratamento mais cuidadoso sobre o que é dito e uma ampliação da consideração sobre os atores ou autores de afirmativas aparentemente conclusivas, baseadas em fatos que retratam apenas parcialmente o tema e a situação, ou apenas uma posição individual.
Assim, prezado Nestor Tipa Júnior, como presidente da Associação dos Usuários da Água da Bacia do rio Santa Maria, manifestando minha admiração pelo trabalho realizado para a construção desta reportagem, pediria para que a completasses, em próximas edições, quem sabe, ouvindo as autoridades locais (Prefeitos), sobre o que elas representam, efetivamente, sem considerações individuais ou particulares, mas para a coletividade, assim como o Ministério da Integração Nacional e a própria Secretaria de Obras do Estado, para melhor precisão dos dados das barragens.
Desde já agradeço pela atenção, colocando à disposição os telefones da Associação de Usuários e do Comitê da Bacia do rio Santa Maria:
Comitê Santa Maria: (55)32313063
Associação dos Usuários da Água da Bacia do rio Santa Maria – AUSM: (53)32431530, (53)99661309.
Atenciosamente.
Eldo Frantz Costa

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