quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Por que a indignação, secretário? Todo mundo sabia! Só o senhor não?

A notícia abaixo mostra que o Secretário de Obras foi o último a saber dos problemas das barragens do Jaguari e Taquarembó. Será que não lê jornais? Não terá assessores? Será que nunca ouviu falar na Operação Solidária? Ora, secretário, faça-me o favor! Indignação não! 
E cá entre nós: será que o problema foi só das empreiteiras? Será que os demais denunciados nada têm a ver com o superfaturamento? Façam-me o favor: político pode ter todos os defeitos, menos ingenuidade!
Terei que refazer as contas: na última vez já estavam em R$ 150 milhões. Agora, sem falar que rasparam o cofre, ainda faltam outros R$ 150 milhões. Quem acredita que ficará só nisto?
E será mesmo necessário fazer contas: os R$ 150 milhões que faltam, para que serão usados? Que benefícios trarão? O arroz não paga esse investimentos aos preços vigentes. Aliás, não paga nem os custos de produção, o que tem levado os orizicultores a buscarem outras alternativas. Afinal quem precisa de mais arroz? Nos últimos 16 anos houve redução de 40% no consumo segundo dados oficiais publicados neste blog. Para que aumentar mais ainda a produção?
A grande frustração é ver todo este dinheiro - que bem aplicado na micro-açudagem prepararia os produtores rurais para conviverem com as secas no estado - ser desperdiçado em investimentos inúteis e que beneficiarão poucos produtores que não precisam de ajuda, pagos com nossos impostos. 
E ler que o secretário está surpreso e indignado é demais! Indignado, mas nada surpreso, estou eu e os demais leitores deste blog! Pobre Rio Grande!


Rádio Guaíba

Porto Alegre, 12 de Janeiro de 2012

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Superfaturamento de barragens no Estado deixa secretário de Obras indignado

Luiz Carlos Busato encerrará contrato com construtoras e fará nova licitação para terminar obras em Taquarembó e Jaguari

O secretário de Obras, Irrigação e Desenvolvimento Urbano do Rio Grande do Sul disse, em Brasília, que as duas novas barragens do Estado, que já deveriam estar prontas para atenuar a estiagem nos mais de 180 municípios atingidos pela seca, não foram concluídas devido ao sobrepreço das obras. Luiz Carlos Busato explicou que a obra da barragem de Taquarembó, em Dom Pedrito, está 86% concluída, mas já foram gastos todos os recursos do orçamento e, além disso, houve um sobrepreço de 25% no valor total previsto.

De acordo com Busato, o projeto é mal feito. Acredita que para terminar a barragem é preciso mais R$ 80 milhões. Já a barragem de Jaguari, em Lavras do Sul, também sofreu sobrepreço de 25%. O secretário estima que para o término da obra serão necessários mais R$ 70 milhões, além do canal de distribuição, que deve custar outros R$ 80 milhões. Busato informou que encerrará os contratos com as construtoras e fará nova licitação para finalizar as barragens. 
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